9 de agosto de 2018

Grupo da Novas Gerações de Curitiba se encontra


Na tarde de 05 de agosto, realizou-se na Comunidade das Irmãs Passionistas, em Colombo, o encontro das Novas Gerações de Curitiba - Pr. Foi um momento de vivências, com troca de experiências e partilhas de vida entre religiosos jovens.  A reflexão se deu à luz da Palavra de Deus e por meio da celebração do mês vocacional. Um encontro repleto de alegria, o que é próprio da Vida Consagrada, por isso rendo graças a Deus pela sua infinita bondade em nos conceder conviver e partilhar as belezas dos nosso diferentes Carismas.



Missão... noites na rede, açaí na tigela e união fraterna



Roupa na mala, ansiedade, início da viagem. Noites na rede, açaí na tigela e união fraterna. Isso marcou nossa missão na cidade de Anajás, na Prelazia do Marajó. Foram cerca de 15 dias abertos à vontade e à providência de Deus que, com nossa pequenez, nos faz capazes de muito (Jr 1,7). Não sabíamos o que íamos encontrar, mas tínhamos Deus conosco. Nisto acreditávamos. Queríamos ser canais da graça de Deus e acabamos sendo agraciados pelo que encontramos: um povo acolhedor, amigo, muito religioso, sedento de Deus. Nós que poderíamos pretender levar Deus a uma terra alheia a nossa, aí O encontramos, com toda a simplicidade e sutileza, em cada família que visitamos, em cada palavra trocada, em cada abraço dado. Enquanto os habitantes das terras marajoaras esperavam a visita dos missionários, que iriam levar a Palavra de Deus a eles, os mesmos não sabiam que muito mais do que levar algo, sairíamos muito mais cheios de Deus, mais animados, mais esperançosos.
Isso dizemos porque, apesar das dificuldades que a Paróquia enfrenta, tanto por sua extensão, que dificulta a presença frequente e efetiva do pároco, quanto pelos desafios enfrentados pelas famílias e comunidades, como a dificuldade ao acesso à educação, saúde, transporte, energia, internet, etc., apesar de tudo isso, encontramos esse povo trabalhador, perseverante, profundamente religioso e carinhoso, simples e humilde, que mostra a face de Deus, que anima todo coração que se abre ao seu amor e cuidado. Isso se percebia pelas imagens de muitos santos como São Francisco, Santa Rita, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o Menino Deus e, sobretudo, Nossa Senhora de Nazaré, Senhora dos povos amazônicos, que encontramos nas casas pelas quais passávamos. Como não perceber a presença de Deus aí?
Peçamos então a Nosso Senhor que, através da intercessão da Senhora de Nazaré, esse povo humilde e perseverante na fé, assim como o foi a mãe de Jesus, não desistam diante das dificuldades do dia a dia. Que as graças de Deus possam descer sobre todo o povo e sobre os seus responsáveis religiosos, políticos, sociais, para que sejam agentes da promoção humana em Anajás, no Marajó e em toda a Igreja amazônica. Que também todos nós possamos fomentar em nossos lares, nossas igrejas e nossa sociedade a característica fundamental da fé cristã: a vida em missão, principalmente em se tratando da opção pelos mais necessitados e injustiçados.

                                                                                              Fr. Davidson Bertuce, osa

6 de agosto de 2018

Carta de um missionário


Partilhamos o relato do Frei Atílio, ofm, que esta de mudança para a Prelazia e acompanhou o grupo durante a missão em Anajás.


Amig@s missionári@s,
Paz e Bem!

Quero felicitá-l@s pela missão realizada no Marajó, e dizer-lhes que fiquei com a atitude e o jeito de vocês. Parabéns pela escolha e pela decisão, coragem e ousadia de vocês em fazer missão em terras e águas marajoaras, um mundo novo e desconhecido para quase todos.
Chamou-me atenção a animação pela missão. Observei a intensidade com que viveram cada momento, a abertura diante do novo e das surpresas, espontaneidade da convivência, o entrosamento e a vida fraterna, os sorrisos, a alegria, a animação, a disponibilidade para os serviços, a acolhida da missão como kairós e momento de graça. Senti seriedade na missão. Ninguém veio para fazer turismo.
Que as verdadeiras lembranças, mais do que as registradas em muitas fotos, sejam aquelas gravadas no coração e na alma, que são permeadas pela afetividade de cada encontro, pelo encanto de cada rosto,pela emoção de cada novidade e pela surpresa de cada paisagem.
Prestei muito atenção no que levam da missão: rosto de pessoas que carregam uma experiência de vida, o grito de pessoas que querem ser ouvidas, as famílias que nos acolheram, a experiência de um povo esperançoso, a coragem de um povo guerreiro, a natureza que nos renova, a ingenuidade das crianças, a experiência mística do povo marajoara, um rosto diferente de Deus, o desejo de poder voltar. E com certeza muitas preciosidades mais “não declaradas”, (já partilhei com D. Evaristo minhas anotações). Mas podem ter certeza que deixaram muito mais do que pensam, porque o Espírito de Deus multiplica o pouco que fizemos. Nossa visita é apenas um sinal da visita de Deus.

Quero fazer-lhes uma pergunta e uma proposta.
A pergunta: Depois dessa experiência na Amazônia, o que você (sua fraternidade, sua comunidade eclesial, sua entidade) pode fazer pela Amazônia e pela missão? A pergunta é extensiva à “Amazônia”, mas pode ser entendida como “Marajó”.
A proposta: Promover eventos e campanhas sobre a Amazônia. Por exemplo, realizar ao longo do ano uma “semana da Amazônia”, na sua faculdade, no seu colégio, na sua paróquia ou comunidade, com exposição de fotos, palestras, projeção de vídeos ou filmes, debates, entre outras coisas. Eu me disponho a colaborar no que está ao meu alcance. Lembro que os Frades Menores (franciscanos), não tenho certeza se é toda a Família Franciscana, em todo o Brasil, onde estão presentes, no primeiro domingo de setembro, promovem uma coleta em prol das missões na Amazônia (dia 5 de setembro é o dia da Amazônia –é o dia em que D. Pedro decretou a criação da Província do Amazonas, em 1850).
Vocês deixaram a Amazônia e regressaram às suas fraternidades e ao seu dia a dia. Que a Amazônia não deixe o seu coração! Que ela sempre possa acompanha-los onde quer que estejam!
O contato com outra cultura e outra realidade é sempre uma riqueza e nos torna mais humanos. Partilhem da riqueza e da humanidade que levam que levam dessa missão.
Que em suas vidas as bênçãos sejam abundantes como as chuvas da Amazônia!
Que a paz possa fluir como o deslizar dos rios!
Que as amizades possam crescer como a vitalidade das matas!
Que as dificuldades sejam superadas com a tranquilidade
das barcas, que não se importam com o tempo e as distâncias!
Que a vida seja fértil, diversa e generosa, como o grande bioma da floresta,
que mesmo agredido, sempre insiste, resiste, se renova, se multiplica e a todos acolhe e sustenta.
Que o amor seja intenso, como o calor do sol picante.
Que a missão seja como a dedicação das mães, a ternura das crianças, a insistência dos jovens, o testemunho dos santos e a misericórdia de Deus.
Que não lhes falte saúde,
e que a esperança se renove a cada amanhecer.

Abraços, com ternura e vigor,
Frei Atílio Battistuz, OFM 
Marajó, 01 de agosto de 2018.

MISSIONÁRIOS PAI D'ÉGUA



Afinal, de onde vocês vieram mesmo?
Do norte, do sul, do leste ou do oeste, de dentro ou de fora daqui?
Já sei! Vieram do centro, do centro do coração de Deus.
E quem é essa gente que tem medo de tudo? Que toma açaí sem farinha e ainda com açúcar?!
Que nada sabe, tudo é novo?
Que toma banho com cuia e não com os botos?
Quem são esses abobados já
Que no primeiro balanço do barco se agarram nos coletes?
Não são eles?
Eles quem? Tu os conhece?
Mas claro, mano!
São os enviados de Jesus, os missionários do AMOR.
Os que iam deixar tudo pra ganhar cem vezes mais.
Não temos nada a lhes oferecer,
Mas a gratidão nós levamos na bíblia, no terço, nas conversas...
Nossas mesas estão tão vazias que baixo a cabeça e lembro:
Ei, não eram esses que deveriam só passar?
E passaram... deixando saudades na hora da mesa que ficou grande demais pra nós apenas.
Vão, meus amigos!
Avancem para águas mais profundas agora, Pois estas aqui ficarão com o cheiro de vocês. E lembrem-se: agora somos uma só carne e um só coração.
Fabrício – Missionário RCC de Afuá/PA 

Missão da V.R.C. Jovem na Prelazia do Marajó



Grupo de jovens consagrad@s em Belém no final da formação
 De 14 a 29 de julho aconteceu a IV Missão da Vida Religiosa Jovem na paróquia de Anajás, prelazia do Marajó. Participaram da missão 26 missionários e missionárias de 18 congregações e provenientes das mais variadas regiões do Brasil; 4 jovens missionários da RCC da cidade de Afuá/PA; alguns jovens da PJ de Anajás; um casal da Fraternidade João Paulo II; as irmãs da Caridade de Santana e da Fraternidade João Paulo II.  A missão foi coordenada pelo Setor Juventudes e Missão da CRB Nacional em parceria com a CRB Regional Belém, o Núcleo da CRB de Anajás e o pe. Antonio Neto, pároco de Anajás.

No segundo semestre de 2017 a proposta da missão foi feita a Dom Evaristo Spengler, bispo da Prelazia do Marajó, que acolheu com muito entusiasmo e carinho a iniciativa e levou ao Conselho Pastoral da Prelazia a proposta da missão que prontamente foi acolhida pela paróquia Menino Deus de Anajás. Esta paróquia fica no centro da Prelazia e é composta por diversas ilhas onde estão as várias comunidades ribeirinhas organizadas em mais de 10 setores com 5 a 10 comunidades eclesiais cada setor.   
Na chegada em Belém o grupo pela coordenadora e assessora da Regional Belém e ficou hospedado na casa da Prelazia. Dom Evaristo Spengler e ir. Noemi, Fraternidade João Paulo II, acolheram o grupo na casa da prelazia para um tempo de integração e formação sobre a realidade da Amazônia, a Prelazia do Marajó e a paróquia de Anajás.
O primeiro desafio enfrentado foi à viagem de barco até Anajás;  um total de 20 horas de barcos divididas em duas etapas... seis horas de Belém a Breves, e mais 14 horas de Breves a Anajás. Porém, a acolhida do povo de Anajás, das irmãs e do pároco foram tão quentes quanto a temperatura local.
Dom Evaristo, Ir. Noemi e ir. Marta
Os dois dias passados na cidade Anajás serviram para “mergulhar os pés em águas mais profundas”, como afirmou D. Evaristo na missa de acolhida em Anajás. Este mergulho se deu por meio do entrosamento com os agentes de pastoral e coordenadores de setores nos momentos de partilha e formação e pela manhã de visita às famílias da comunidade Santa’Ana que estava em festa.
O mergulho mais profundo se deu mesmo a partir do dia 19 de julho quando o grupo foi subdividido em cinco equipes e enviados aos setores Aramã, Mocoões, Alto, Alto Catispera e Freitas com o objetivo de permanecer cinco dias em missão junto as comunidades ribeirinhas de cada setor.  Estes setores compreendem uma média de 5 a 10 comunidades com uma média de 12 a 30 famílias espalhadas em vários igarapés; algumas equipes tiveram que fazer até 2 horas de rabeta (uma casco pequeno com motor) para visitar uma família, ou arrastar o casco em meio a lama pois alguns igarapés baixam muito o volume de água que só se chega a pé.  Em cada família uma partilha, um rosto, uma história, inúmeras crianças com seus rostos curiosos mas tímidos. Junto as famílias cada missionário/a pode experimentar de as alegrias, dores de um povo simples, acolhedor, guerreiro e cheio de fé, mas também ver de perto os descaso do poder público na área da educação (quantas escolas sem merenda, ou o mínimo de condições físicas para uma pessoa estudar, falta de recursos pedagógicos), da saúde (ausência de posto de saúde próximo, de medicamentos contra malária ou recursos básicos casos de emergência) e  as várias problemáticas sócias que emergem em uma realidade pobre e explorada. O período de permanência junto às comunidades ribeirinhas, de 20 a 25 de julho, foi marcado pela visita as famílias, formações e celebrações junto ao povo.
 Na avaliação dos dias de missão, ao retornarem em Anajás, o grupo foi convidado a partilhar o que deixavam e levavam consigo.
Muitos frizaram que levavam consigo: um novo rosto de Deus, mais encarnado na vida do povo; a luta corajosa dia a dia por saúde, educação e o respeito por sua dignidade; a face de um povo guerreiro com coração puro e generoso; de comunidades acolhedoras e com sede da Palavra, do encontro com Deus. Deixavam: o grande desejo de voltar; o compromisso de fazer ecoar em suas várias realidades a luta do povo e da Igreja Marajoará por dignidade, respeito pela cultura  e tradição dos povos ribeirinhos.
Ir. Clotilde Prates de Azevedo, ap
Assessora do Setor Juventudes







  

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