Grupo de jovens consagrad@s em Belém no final da formação |
No segundo semestre de 2017 a
proposta da missão foi feita a Dom Evaristo Spengler, bispo da Prelazia do
Marajó, que acolheu com muito entusiasmo e carinho a iniciativa e levou ao
Conselho Pastoral da Prelazia a proposta da missão que prontamente foi acolhida
pela paróquia Menino Deus de Anajás. Esta paróquia fica no centro da Prelazia e
é composta por diversas ilhas onde estão as várias comunidades ribeirinhas
organizadas em mais de 10 setores com 5 a 10 comunidades eclesiais cada setor.
Na chegada em Belém o grupo pela
coordenadora e assessora da Regional Belém e ficou hospedado na casa da Prelazia.
Dom Evaristo Spengler e ir. Noemi, Fraternidade João Paulo II, acolheram o
grupo na casa da prelazia para um tempo de integração e formação sobre a
realidade da Amazônia, a Prelazia do Marajó e a paróquia de Anajás.
O primeiro desafio enfrentado foi
à viagem de barco até Anajás; um total
de 20 horas de barcos divididas em duas etapas... seis horas de Belém a Breves,
e mais 14 horas de Breves a Anajás. Porém, a acolhida do povo de Anajás, das
irmãs e do pároco foram tão quentes quanto a temperatura local.
Dom Evaristo, Ir. Noemi e ir. Marta |
Os dois dias passados na cidade
Anajás serviram para “mergulhar os pés em águas mais profundas”, como afirmou
D. Evaristo na missa de acolhida em Anajás. Este mergulho se deu por meio do
entrosamento com os agentes de pastoral e coordenadores de setores nos momentos
de partilha e formação e pela manhã de visita às famílias da comunidade
Santa’Ana que estava em festa.
O mergulho mais profundo se deu
mesmo a partir do dia 19 de julho quando o grupo foi subdividido em cinco equipes
e enviados aos setores Aramã, Mocoões, Alto, Alto Catispera e Freitas com o
objetivo de permanecer cinco dias em missão junto as comunidades ribeirinhas de
cada setor. Estes setores compreendem
uma média de 5 a 10 comunidades com uma média de 12 a 30 famílias espalhadas em
vários igarapés; algumas equipes tiveram que fazer até 2 horas de rabeta (uma
casco pequeno com motor) para visitar uma família, ou arrastar o casco em meio
a lama pois alguns igarapés baixam muito o volume de água que só se chega a pé. Em cada família uma partilha, um rosto, uma
história, inúmeras crianças com seus rostos curiosos mas tímidos. Junto as
famílias cada missionário/a pode experimentar de as alegrias, dores de um povo simples,
acolhedor, guerreiro e cheio de fé, mas também ver de perto os descaso do poder
público na área da educação (quantas escolas sem merenda, ou o mínimo de
condições físicas para uma pessoa estudar, falta de recursos pedagógicos), da
saúde (ausência de posto de saúde próximo, de medicamentos contra malária ou
recursos básicos casos de emergência) e
as várias problemáticas sócias que emergem em uma realidade pobre e
explorada. O período de permanência junto às comunidades ribeirinhas, de 20 a
25 de julho, foi marcado pela visita as famílias, formações e celebrações junto
ao povo.
Na avaliação dos dias de missão, ao
retornarem em Anajás, o grupo foi convidado a partilhar o que deixavam e
levavam consigo.
Muitos frizaram que levavam
consigo: um novo rosto de Deus, mais encarnado na vida do povo; a luta corajosa
dia a dia por saúde, educação e o respeito por sua dignidade; a face de um povo
guerreiro com coração puro e generoso; de comunidades acolhedoras e com sede da
Palavra, do encontro com Deus. Deixavam: o grande desejo de voltar; o
compromisso de fazer ecoar em suas várias realidades a luta do povo e da Igreja
Marajoará por dignidade, respeito pela cultura
e tradição dos povos ribeirinhos.
Ir. Clotilde Prates de Azevedo,
ap
Assessora do Setor Juventudes
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